domingo, 27 de fevereiro de 2011

O Papel das Organizações com o Desenvolvimento.



As organizações na última década vêm ampliando sua visão para as questões referentes à sua posição quanto ao papel  fomentador do desenvolvimento.  Coincidentemente no início do mês, comecei  a  ler um plano de aula e  lá versava a temática  “ o papel das organizações no desenvolvimento social” e pensei de imediato –  quanta responsabilidade para as empresas carregar sobre seus ombros.  No segundo momento ampliei a visão de organização e percebi que ela engloba além de empresas privadas e  publicas,  atinge também  as autarquias, ONGs , fundações, sindicatos, clubes e mesmo os mais variados movimentos organizados que estão segmentados  em torno da sociedade como:  entidades religiosas, místicas, culturais, artesanais, ligadas a culinária, internet , dentre outras de variadas natureza. De modo a abranger uma grande gama de atores do desenvolvimento. Que inevitavelmente nos leva até nos mesmos – cidadão da nova era digital.
Enquanto alguns caminham na velocidade das informações carregadas por vias de fibra óptica, boa parte da humanidade ainda trilha pelos empoeirados discos de vinil. A lenta  absorção do nosso papel  enquanto  agentes do desenvolvimento é refletido em partes pelas organizações  das quais integramos seja como colaborador, empregador, fornecedor, sócio, participante, consultor, funcionário, fundador , consumidor, etc. O desenvolvimento engloba principalmente as dimensões: econômicas, sociais, ambientais e  tecnológicas - que apesar de tratada de modo individual estão  intrinsecamente conectadas.
 Se estratificarmos as organizações por setores sejam elas do ramo:  privado, público e social podemos rapidamente traçar um panorama:
Na esfera das organizações privadas, ainda há um longo caminho a se percorrer . Mas também é verdade que alguns passos já vêm sendo galgados como por exemplo  através de políticas ambientais em volta dos processos de produção industrial; à promoção de ações assistenciais a favor da educação e meio ambiente; ações de  inclusão digital ; a valoração do colaborador interno e da comunidade com adição de políticas organizacionais vinculadas a saúde e qualidade de vida desses atores; fatores relacionados a inovação e ao fomento de novas tecnologias.  Porém a baixa integração dentre as políticas focadas ao desenvolvimento dentro de cada organização somado  ainda baixa adesão de empresas privadas são fatores críticos para o desenvolvimento.
Na esfera das entidades públicas, podemos dizer que o cenário não é muito diferente. Porém é possível enxergar avanços. Alguns programas de assistência foram criados e desenvolvidos ao longo da última década.  Sem adentrar as questões políticas pertinentes, foi possível identificar melhorias,  mesmo essas sendo um tanto distante do que venha a ser ideal. Grandes déficits são notórios nas áreas: da educação, saúde, segurança, infra-estrutura, esportes, cultura e tecnologia – um desafio que surge como uma oportunidade e tanto para uma gestão que se convirja ao desenvolvimento.  
Nas organizações sociais existem vários exemplos conhecidos e outros inúmeros que são  anônimos. Os resultados ainda tímidos dessas ações são frutos de um distanciamento entre os elos que compõe a intersecção do ciclo desenvolvimentista   que perpassam pela esfera privada, pública e a sociedade. Outro ponto pungente é a formação de grupos de interesses particulares que são gargalos ao processo de forma ampla.
Uma grande oportunidade se desvela diante desse cenário,  cujo desafio é  restaurar  os elos  entre as organizações e seus agentes. Recordo Drummond “O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas ” na ânsia de breve estarmos com uma gestão alinhada e de mãos dadas com o desenvolvimento, espero que logo a poesia possa se  converter em realidade.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Time Machine


Onde está hoje a sua máquina do tempo?
Passeando pela infância?
Fazendo ponte com o passado?
Ou estacionada no presente?

Quantos anos você tem? E com quantos se sente?
Tem alguma coisa que você gostaria de voltar no tempo e realizar?
Ou tem algo que você quer que esteja em um tempo futuro?

Se sua máquina do tempo pudesse voltar 5 anos.. o que você faria?
E o que não faria?
E se ela tivesse o poder de ir adiante mais 5 anos a partir do dia de hoje, onde você estaria?

Experimentou a sensação de revisitar o passado?
O que sentiu?
Deu frio no estômago em se adiantar para o futuro?

Como disse Mário Quintana, “o passado não reconhece o seu lugar: está sempre presente” .

Para onde você deseja ir com sua time machine? Quem estará nela com você daqui a 5... 10 anos?

“Não há nada como o sonho para criar o futuro. Utopia hoje, carne e osso amanhã". Victor Hugo.

 Boa Viagem!


domingo, 6 de fevereiro de 2011

QUAL A ESTRATÉGIA PARA O SEU JOGO?



Na maioria dos cursos de gestão se estuda a brilhante teoria dos jogos. Para quem não  recorda do seu  conceito, sugiro após a leitura do post dessa semana, visitar o site: http://www.teoriadosjogos.net/teoriadosjogos/list-trechos.asp?id=24 , que explica com detalhes a teoria dos jogos.
Bom , não é novidade que as escolas de estratégia associadas aos jogos são constantes no dia-a-dia de TODOS, sobre tudo, na vida corporativa. Um ponto importante, entretanto que as teorias não nos revelam com exatidão,  versa sobre  quais  são os verdadeiros rivais ou oponentes em cada situação pontual. Uma vez não havendo clareza sobre o problema, são pequenas as chances do tomador de decisão  optar pela  melhor conseqüência, logo a melhor estratégia.
Na prática podemos passear sobre várias aplicações de jogos.  Uma situação bem generalista,  que todos percebemos na prática , são os destemperos climáticos. O efeito estufa, as bruscas alterações do clima mundo a fora, não são acontecimentos triviais da natureza. Mas sim, uma reação provocada pelos atos realizados pela sociedade e as suas escolhas no que diz respeito a estilo de vida e consumo ao longo do tempo.
No final do ano de 2009, na cidade de Copenhagen, a mais alta esfera de especialistas e representantes de todo o mundo  debruçaram-se sobre a discussão dos efeitos climáticos e as possíveis medidas contingenciais que poderiam ser adotadas a seu respeito. O resultado foi  um grande fracasso diplomático. As nações ricas não cederam a pressão de intensificar o uso de energia limpa a suas economias. O motivo ? Ao tomar  tal decisão, haveria a necessidade de um alto aporte de capital  - o que refletiria na elevação de custos a ser repassados aos consumidores. Tal medida proporcionaria uma provável perca de competitividade.  Isso se explica, porque nada garante que a concorrência  adotaria os mesmos investimentos nos  processos de sua produção, sobretudo as chamadas  nações asiáticas.  Adaptações a parte, situação parecida com a conhecida aplicação do " dilema do prisioneiro".

A  estratégia ( here now)  das nações “ desenvolvidas” nesse caso  se dirige  inicialmente a competição de preços  entre as nações . O que faz total sentido quando se imagina que o rival desse jogo são apenas  blocos econômicos. Só que a ausência da sustentabilidade da estratégia, pode levar a humanidade a um caminho sem volta. As grandes oscilações climáticas e situações de extremo podem ser a inevitável herança para as próximas gerações.
Em jogos competitivos, segundo Nash, há pelo menos uma situação de equilíbrio. Esse ponto certamente não está presente nos extremos, seja nos discursos  inflamados de movimentos ativista pró meio ambiente, tampouco na racionalização da decisão com vistas apenas aos interesses econômicos. Neste caso, os conhecimentos dos modelos matemáticos não foram suficientemente midiáticos para compor a melhor estratégia. Os jogadores decidiram optar por  jogar contra o planeta – um game onde verdadeiramente não há vencedores.
Quando um grupo de renomadas autoridades sobre o assunto obtém tão baixa performance no alcance de  seus objetivos estratégicos , passo a questionar se as organizações também não repetem os mesmos erros. Quais as ferramentas de tomada de decisão sua empresa utiliza? Você conhece bem a teoria dos jogos? Já ouviu falar em Decisão Multicritério?  Com base em quais conceitos são montadas suas estratégias? Sua estratégia é dominante? Você conhece bem o seu concorrente/oponente?  Que reação você deseja suscitar e de que forma pretende fazê-lo?  Uma vez munido de habilidade técnicas, você possui um bom negociador?  Quais características faz dele um bom negociador ?  Decidir ampliar essa reflexão com todos vocês. O conjunto de respostas para esses questionamentos, por certo nos aproximará da resposta da pergunta central desse texto. Afinal , qual a estratégia para o seu jogo?
Uma ótima semana, até o  próximo encontro.